23 fevereiro 2009

O Verbo


No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus e e o Verbo era Deus. No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir e (...) nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevasmas as trevas não a receberam: apareceu um homem, enviado por Deus, que (...) vinha para dar testemunho da Luz (...). Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. O Verbo era a Luz verdadeira (...). Ele estava no mundo (...) mas o mundo não o reconheceu. (...) E o Verbo fez-se homem (...). (Jo, 1)

19 fevereiro 2009

Dancing with myself


Quando damos um salto, o momento em que estamos no ar não é para nós, não existe. E só o sentimos quando batemos de novo com os pés na terra. Acho que é por isso que gosto tanto de dançar!

18 fevereiro 2009

I have a dream


Sonho com o dia em que dizer "preto" seja o mesmo que dizer "louro" ou " de olhos castanhos". Sonho com o dia em que dizer "gay" não seja sinónimo de "diferente". Sou branca e heterossexual e quem não o for é exactamente igual a mim.

10 fevereiro 2009

Man In Black


Well, you wonder why I always dress in black,
Why you never see bright colors on my back,
And why does my appearance seem to have a somber tone.
Well, there's a reason for the things that I have on.
I wear the black for the poor and the beaten down,
Livin' in the hopeless, hungry side of town,
I wear it for the prisoner who has long paid for his crime,
But is there because he's a victim of the times.
I wear the black for those who never read,
Or listened to the words that Jesus said,
About the road to happiness through love and charity,
Why, you'd think He's talking straight to you and me.
Well, we're doin' mighty fine, I do suppose,
In our streak of lightnin' cars and fancy clothes,
But just so we're reminded of the ones who are held back,
Up front there ought 'a be a Man In Black.
I wear it for the sick and lonely old,
For the reckless ones whose bad trip left them cold,
I wear the black in mournin' for the lives that could have been,
Each week we lose a hundred fine young men.
And, I wear it for the thousands who have died,
Believen' that the Lord was on their side,
I wear it for another hundred thousand who have died,
Believen' that we all were on their side.
Well, there's things that never will be right I know,
And things need changin' everywhere you go,
But 'til we start to make a move to make a few things right,
You'll never see me wear a suit of white.
Ah, I'd love to wear a rainbow every day,
And tell the world that everything's OK,
But I'll try to carry off a little darkness on my back,
'Till things are brighter, I'm the Man In Black. (Johnny Cash)

06 fevereiro 2009

Anti Líbido


Poderíamos escrever um breve ensaio sobre outro"antis" que conhecemos: o anti-cristo, o anti-édipo... Também seria possível esboçar um tratado feminista sobre as diferenças de expectativas entre a langerie feminina e a roupa interior dos homens (dos metro-sexuais aos latinos típicos). Mas a fotografia e o título falarão por si só. Sem mais comentários.

02 fevereiro 2009

O jornalista deve...


1. Relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.
2. Combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais.
3. Lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar. É obrigação do jornalista divulgar as ofensas a estes direitos.
4. Utilizar meios leais para obter informações, imagens ou documentos e proibir-se de abusar da boa-fé de quem quer que seja. A identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público.
5. Assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e actos profissionais, assim como promover a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas. Deve também recusar actos que violentem a sua consciência.
6. Usar como critério fundamental a identificação das fontes. Não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas.
7. Salvaguardar a presunção de inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. Não deve identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor.
8. Rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da cor, raça, credos, nacionalidade ou sexo.
9. Respeitar a privacidade dos cidadãos excepto quando estiver em causa o interesse público ou a conduta do indivíduo contradiga, manifestamente, valores e princípios que publicamente defende. Obriga-se, antes de recolher declarações e imagens, a atender às condições de serenidade, liberdade e responsabilidade das pessoas envolvidas.
10. Deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e a sua integridade profissional. Não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesses.

Para quando um código deontológico ou uma carta dos direitos do leitor, ouvinte ou espectador dos jornalistas?

Burro como uma porta


Sou feita de madeira, matéria morta, mas não há coisa no mundo mais viva do que uma porta. Abro-me devagarinho, para passar o menininho, com cuidado para passar o namorado ou de sopetão para passar o capitão.
Só não abro para essa gente que diz, se uma pessoa é burra, que é burra como uma porta. Eu sou muito inteligente! Fecho a frente da casa, do quartel, fecho tudo neste mundo… (a partir de “A Porta”, de Vinícius de Moraes)