31 março 2009
Minha senhora da solidão
Minha senhora da solidão, minha senhora das dores, quanto tempo falta para te ver sorrir? Quantas misérias ainda vais exibir? Quanto tempo mais vou ter de te ouvir queixar? Vê como o sol brilha hoje! Odeio ver-te de luto, gostava de ver o teu olhar enxuto, de descobrir alguma graça no teu andar.
Minha senhora da solidão, minha senhora dos prantos, tens um "ai" encravado na boca que dia após dia te sufoca. Precisas muito mais que uma simples oração.
Minha senhora da solidão, minha senhora das culpas, tenho que evitar o teu contágio. Não quero saber mais do teu naufrágio: a praia teve sempre ao alcance da tua mão.
O teu crucifixo não me ilumina e o teu sacrifício não me pode fazer bem, não é bom para ninguém, não ajudas ninguém...
(a partir de Jorge Palma)
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