Há pessoas que nunca têm a vida facilitada. Falo dos que não nasceram com o rabinho virado para a lua, dos que têm de penar por tudo e por nada. Há quem lhe chame azar, outros preferem alegar uma conspiração cósmica, mas a maior parte de nós, na verdade, não sabe a sorte que tem.
O homem que vemos tem de trepar para chegar ao trabalho. A maior parte dos que lerem este post deverão ser dos que refilam quotidianamente com as filas de trânsito, mas nunca tiveram que pendurar-se em cordas e saltar de casco em casco, qual aldeia de macacos aquáticos, para entrar ou sair do seu confortável escritório com ar condicionado.
Muitos, ao almoço, irão mesmo comer peixe assado, grelhado, cozido ou frito, sem pensar que houve um homem como este que não dormiu, que largou a família, que arriscou a vida, para que isso fosse possível.
Nem sou grande fã de peixe, mas amo o mar e os marinheiros. Principalmente os pequenos, que dependem da sua comunidade, no sentido mais primitivo do termo - no sentido de tribo - para sobreviver. O tempo deles não é o nosso...
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