13 janeiro 2009

O último dia do ano na Praça da Revolução


Estávamos em Havana! Finalmente em Havana depois de tantos anos de sonho e a contar tostões...
Só que nos nossos sonhos tudo era maior e com um brilho colorido que a realidade não tem. A realidade é bem mais velha e pardacenta. Não falo de desilusão, mas de uma coisa diferente da que existia no nosso mundo imaginário.
Na comemoração dos 50 anos, a praça homónima da revolução não é uma festa: é um vazio austero. Não se respira a alegria orgulhosa de meio século de luta, mas um respeito contido e sisudo.
Levam-nos a sítios onde não queremos ir e onde queremos ir é longe demais. Naquele momento Cuba inteira estava em Santiago e esqueceram-se de nos avisar. ´Viemos para uma festa "à penetra" e ela fugiu quase 1000 km.
Quando nos perguntam se gostámos eu pelo menos fico sem palavras. Estive noutro sítio, num lugar real, não no meu sonho...

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